Neste domingo, dia 8 de março e comemorado o dia internacional da mulher a data e celebrada a mais de cem anos mas ate hoje a mulher procura mais espaço e igualdade no mundo dos negócios e mostram que são na verdade o sexo forte.
por que o dia da mulher?
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU(Organização das Nações Unidas).
Objetivo da Data
Conquistas das Mulheres Brasileiras
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
Veja abaixo a lista de algumas mulheres que se destacaram na historia do Brasil:
Ana Pimentel(século 16)
Ana Pimentel teve grande importância na construção do Brasil colonial. Casada com o nobre português Martim Afonso de Sousa, ela recebeu do marido a incumbência de administrar a capitania de São Vicente no dia 3 de março de 1534.
Em 1536, Ana fez uma carta de doação de sesmaria para Brás Cubas, que só tomou posso efetiva das terras em 1540. Nomeou ainda, sucessivamente, como capitão-mor da capitania de São Vicente, Antônio de Oliveira e Cristóvão de Aguiar d´Altero.
Em 1544, nomeou Brás Cubas capitão-mor e ouvidor da capitania e, contrariando ordenes do marido, autorizou, o acesso dos colonos ao planalto paulista, onde se encontravam terras mais férteis e um clima mais ameno do que no litoral.
Ana Pimentel providenciou o cultivo de laranja na capitania com o objetivo de combater o escorbuto, uma doença provocada pela falta de vitamina C que atacava os embarcados durante a travessia do Atlântico. É responsável também pela introdução do cultivo do arroz, do trigo e da criação de gado na região.
O papel administrativo de Ana Pimentel na capitania, por mais de uma década, foi reconhecido pelo sociólogo Gilberto Freire em seu discurso na Academia Pernambucana de Letras, em 11 de novembro de 1986.
Marquesa de Santos (1797-1867)
Domitila aos 68 anos |
A aristocrata Domitila de Castro Canto e Melo nasceu no dia 27 de dezembro de 1797, em São Paulo. Amante oficial de Dom Pedro I, exerceu grande influência durante o Primeiro Reinado. Foi designada primeira dama da imperatriz D. Maria Leopoldina.
Domitila de Castro recebeu do imperador, com quem teve cinco filhos, o título de marquesa de Santos numa provocação a José Bonifácio de Andrada, que pertencia a uma família santista. Enfrentou séria oposição na corte mesmo depois de nomeada camarareira-mor da imperatriz. Seu poder se manteve até a morte da imperatriz em 1826.
O romance com Dom Pedro acabou quando ele resolveu acertar um segundo casamento com a duquesa de Leuchtemberg, Amélia Beauharnais. Domitila voltou para São Paulo e, em 1842, casou-se com o influente brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, com quem teve mais cinco filhos. Morreu em São Paulo no dia 3 de novembro de 1867, sendo sepultada no cemitério da Consolação (SP), cujas as terras foram doadas por ela ao Estado.
Nísia Floresta Brasileira Augusta (1810 - 1885)
Nascida em família de proprietários de terra, Nísia casou-se contra a sua vontade aos 13 anos - e separou depois de pouco tempo, coisa rara na época. Recebeu formação no Convento das Carmelitas, em Goiana (PE), e ainda jovem já dominava os idiomas francês e italiano.
Começou a escrever artigos defendendo a igualdade e independência da mulher e em 1938 abriu um colégio para moças, que oferecia uma combinação de ensino de trabalhos manuais com conhecimentos de línguas e geografia - proposta inovadora para a época.
No Rio de Janeiro, Nísia lecionou e proferiu palestras defendendo a liberdade de cultos e a libertação dos escravos. Além disso, escreveu romances, poesias e trabalhou voluntariamente como enfermeira durante uma epidemia de cólera no Rio de Janeiro.
Chiquinha Gonzaga (1847 - 1935)
Nascida Francisca Edwiges Neves Gonzaga, a carioca recebeu educação musical desde pequena. Seu marido - ela casou-se aos 16 anos -, no entanto, a proibiu de tocar piano. Apaixonada por música, Chiquinha largou o marido e ingressou no meio musical e boêmio do Rio de Janeiro, tornando-se compositora e maestrina.
Além da carreira na música, foi uma importante ativista pró-abolição e chegou a vender composições de porta em porta para libertar o escravo músico Zé Flauta.
Carolina de Jesus (1914 - 1977)
A mineira descendente de escravos largou a escola na segunda série para trabalhar com a mãe na lavoura. Depois de se mudar para várias cidades do interior de São Paulo onde a mãe trabalhou como doméstica, ela foi parar na capital, onde passou a viver do lixo em uma favela perto do rio Tietê.
Por volta de 1955, Carolina começou a registrar seu cotidiano em um diário. Três anos depois, o jornalista Audálio Dantas reproduzia no "Folha da Noite" algumas passagens do caderno de anotações, o que fez Carolina famosa.
Em 1960, Carolina publicou seu primeiro livro, "Quarto de despejo", um sucesso de vendas que já foi traduzido para 13 idiomas e mais de 40 países. Continuou escrevendo até sua morte, em 1977
Rachel de Queiroz (1910 - 2003)
Nascida numa família de intelectuais no dia 17 de novembro de 1910, em Fortaleza (CE), Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em 1977. Era prima do escritor José de Alencar e teve como tataravô Bárbara Pereira de Alencar, uma das líderes da revolta republicana deflagrada no Nordeste em 1817.
» Em 1930, publicou seu primeiro romance, O Quinze, que narra o drama dos flagelados da seca e a pobreza dos nordestinos. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, teve papel de destaque no desenvolvimento do romance nordestino.
Em 1939, foi agraciada com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro As Três Marias. Escreveu ainda João Miguel(1932), Caminhos de Pedras (1937) e O Galo de Ouro (1950).
Em 1992, publicou o romance Memorial de Maria Moura, que deu a Raquel diversos prêmios, entre eles o "Romance do Ano", conferido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, o "Intelectual do Ano", conferido pela União Brasileira de Escritores e o "Prêmio Camões", concedido em Lisboa para o melhor autor do ano em língua portuguesa.
Na política, a escritora participou da campanha que levou à derrubada de Getúlio Vargas em 1945 e ajudou nas articulações do golpe de 1964, que depôs João Goulart.
Irmã Dulce (1914-1992)
Maria Rita Lopes Pontes nasceu em Salvador no ano de 1914. Aos 13 anos, tentou entrar para o Convento do Desterro, mas foi recusada por ser jovem demais.
Em 1932, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em Sergipe. Após seis anos de noviciado, recebeu o hábito de freira e adotou o nome de Dulce, em homenagem a mãe.
De forma obstinada e com uma fé inabalável, Irmã Dulce saía pelas ruas do centro de Salvador em busca de doações. Começou seu trabalho num barracão, para onde levava doentes e desabrigados. Ali trabalhou com idosos, doentes, pobres, crianças e jovens carentes. Chegou a receber a visita do Papa João Paulo II quando ele esteve no Brasil em 1980.
Em 1959, Irmã Dulce conseguiu um terreno para construir o Albergue Santo Antônio. Em 1970, foi fundado o Hospital Santo Antônio, ao lado do albergue, obra que hoje possui mais de 1.000 leitos e atende a 4.000 pessoas por dia. Irmã Dulce também abriu um orfanato para 300 menores e passou muitos anos saindo diariamente para pedir donativos de porta em porta.
Com problemas respiratórios, Irmã Dulce foi internada no dia 11 de novembro de 1990, passando por vários hospitais. Faleceu no dia 13 de março de 1992, em sua casa, no Convento Santo Antonio.
Era chamada de Irmã Dulce dos Pobres, Peregrina da Caridade ou Mãe Dulce pelos milhares de necessitados que atendia, mas a verdade é que todos gostariam de chamá-la de Santa Dulce da Bahia, como fazia o escritor Jorge Amado.
Hebe Camargo( 8 de março de 1929 - 29 de setembro de 2012)
Eternizada como a dama da televisão brasileira e a rainha do sofá, Hebe será sempre lembrada no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher e dia do seu nascimento.
Apresentadora, cantora e atriz, foi uma das precursoras da TV no Brasil, em 1950. Sempre que participava de programas ou eventos estava tão bem vestida que parecia estar pronta para ir a uma festa no final do compromisso.
Ela sempre premiava seus amigos e entrevistados com o seu famoso selinho. Os beijinhos da apresentadora viraram alvo até das celebridades, que passaram a cobiçar uma bitoca da loira. Todo mundo queria um selinho! O primeiro foi roubado pela cantora Rita Lee, mas depois se tornou uma marca particular. Até o astro americano jude Law entrou para a lista no Carnaval do Rio de Janeiro, em 2011. Silvio Santos foi a última pessoa a beijar a boca de Hebe; no velório não conteve a emoção e a beijou no caixão.
Outra marca de Hebe eram suas joias extravagantes, com brilhantes e pedras coloridas. Nos últimos meses a apresentadora estava usando um colar com a palavra "vida" que ganhou da joalheira Lydia Saed, que se tornou um amuleto na luta contra o câncer.
Maria da Penha (nasceu em 1948)
Vítima de violência doméstica, a biofarmacêutica lutou anos na Justiça para que seu ex-marido fosse condenado por dar-lhe um tiro enquanto ela dormia que lhe deixou paraplégica. O agressor foi julgado e condenado, mas conseguiu não ser preso por uma série de recursos da defesa.
Maria não desistiu e levou sua denúncia à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). O resultado foi a condenação internacional do Brasil pela maneira com que eram tratados os casos de violência contra a mulher.
O país foi pressionado, então, a cumprir recomendações em relação ao tratamento do tema - o que deu origem à mudança na legislação com a aprovação da Lei Federal 11340, de 2006, que garante medidas protetivas de urgência e torna obrigatória a assistência jurídica à vítima.
Dilma Rousseff, presidente do Brasil(14 de dezembro de 1947)
A presidente do Brasil fez história ao se tornar a primeira mulher a assumir a maior economia da América Latina. Dilma Rousseff foi considerada a terceira política mais poderosa do mundo, segundo o ranking da Forbes. Ela assumiu o comando do país ainda debaixo da sombra de seu antecessor e maior cabo eleitoral, o ex-presidente Lula.Hoje esta em seu segundo mandato com presidente do Brasil.Além de ser a primeira mulher presidente, Dilma também foi a primeira mulher a atuar como secretária da Fazenda de Porto Alegre, a primeira ministra de Minas e Energia do Brasil e a primeira chefe da Casa Civil, durante o Governo Lula.
"É próprio da mulher o sorriso que nada promete e permite tudo imaginar."(Carlos Drummond de Andrade)
Feliz dia internacional da mulher!
Postagem:Rodrigo Felipe
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